06 janeiro 2015

I CRIED A LITTLE BIT, YOU DIED A LITTLE BIT

Os barulhos faziam eco em sua cabeça, as mãos trêmulas e os olhos arregalados. Assustada, mas o seu coração estava despedaçado. Como ele foi parar em sua frente e questão de segundos desapareceu? _ Wilmer? _ Gritou, mas não obteve respostas. A casa ficou em silêncio, o barulho mais alto que se ouvia era os soluços dos choros de Demetria. Tantas coisas passando pela a sua mente estava a deixando atordoada e o que acabou de aconteceu era mais uma prova. As horas passavam como uma lesma em uma parede suja de uma casa qualquer. As dores voltavam aos poucos, os fracos de remédios estavam espalhados pelo o chão no quarto ao lado da mulher desesperada abraçada aos seus joelhos._ Isso tudo é apenas um pesadelo. _ murmurou. A noite passou mais devagar que o possível. O dia estava frio e escuro, as suas olheiras gritavam em baixo de seus olhos, resultado da noite de choro e mal dormida. Era apenas 6:00 da manhã e a casa estava revirada o furacão Katrina tinha passado naquele local, a cada passo que dava tinha um frasco de remédios para dormir no quarto.

04 janeiro 2015

Feels like you're dying

A lua escondida entre nuvens, mostrava que a noite iria ser fria e chuvosa. Odiava esse tempo, sol parecia trazer uma alegria, mas aquela alegria falsa. Que iria embora as 18:00 da tarde com o por do sol e a escuridão lhe trazia para realidade. Aos poucos conseguiu tirar todos aqueles potes do chão, mas aquela sensação de ter mais alguém naquela casa não a deixava em paz. Como se fosse uma brincadeira de mal gosto de uma criança pentelha. A noite estava demorando para passar era apenas 20:00 horas da noite e Demetria estava de pé olhando para o nada. Pensando em quanto tempo não tinha nada para fazer, melhor ainda, quando que foi a ultima vez que teve algo de interessante para fazer? A sua vida era uma rotina desgraçadamente inútil. Os últimos meses foram até que movimentos pensando bem. Tinha aqueles jantares de confraternização de professores. Que pessoas eram obrigadas a sorrir e ficar de perto de quem não gostava. Balançou a cabeça afastando esses pensamentos que tinha constantemente e sabia onde terminariam. Em um copo de Whisky falsos que ganhava de Nicholas. Olhou em volta e viu uma revista que trouxeram por engano em sua casa e não fez questão de devolver ao seu dono. Aquelas revista de fofocas para pessoas sem um pingo de vergonha na cara que procurava saber sobre os defeitos de outros, sem ao menos ver os seus. Os ventos começaram e a casa tremia, qualquer hora ela iria sair voando com uns desses ventos. As portas batiam com uma certa força, mas não era força de vento. Era uma força que não teria como explicar ao certo. A porta batia e o trinco se trancava, mas a mesma porta voltava ao seu trajeto inicial e começa tudo de novo. Como queria ter uma televisão uma hora dessa, para esquecer que mora neste fim de mundo. Depois de uns longos minutos a ventania cessou e com isso as portas também pararam quietas.
- Odeio este lugar. _ sussurrou Demetria ao jogar a revista no chão. Diabos. Precisava urgentemente fazer alguma coisa de útil, mas não tinha ideia de como começar. Deitou no braço no sofá com os olhos fechados, mas teve a sensação que algo estava de pé em sua frente a olhando. Abriu os olhos rapidamente e não tinha ninguém naquele lugar. Era mais uma "cria" de sua imaginação fértil. _ Para de ser criança. _ Disse com uma sombra de um sorriso assustado em seu rosto. A cada minuto que passava a casa fazia um barulho diferente, mas a escada rangendo, era o que mais dava medo. Parecia que tinha várias pessoas correndo pela a escada. Um batalhão que marchava e prestava sentindo quando o seu comandante gritava. Todos uniformemente. Tentou correr para o seu quarto. Talvez teria um momento de paz, um momento que a sua mente parasse de criar coisas ridículas. Talvez esse não era o momento, o seu quarto literalmente estava pior que a sala e a escada. _ Pela amor de Deus. _ suplicou, estava ficando louca. O castigo de tanto pecados cometidos no passado, estava de volta para lhe atormentar. Engraçado ter falado em Deus, já que o mesmo tinha mostrado que ela não era nada naquele lugar. As luzes piscavam a cada cinco minutos, os seus cabelos estavam em suas mãos que tentavam entender, que diabos está acontecendo? Olhou em volta e viu aquela situação. Estava tendo uma crise novamente. Tentava procurar algo que lhe desse força para pegar o remédio e tomar todo aquele frasco e esperar a morte, mas a morte estava em sua frente. E a olhava com um olhar de desprezo ou ódio, não sabia ao certo. _ Wilmer?
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03 janeiro 2015

Searching for the right

As ruas frias e cinzentas de Detroit denunciava que logo iria chover. Os passos apressados da morena dos cabelos negros faziam eco pelos os corredores daquela cidade. As chaves balançavam em suas mãos, faltava pouco, logo iria chegar em sua casa e tentar esquecer esse pesadelo que chamava de vida. As ruas estreitas e pessoas apressadas por conta da tempestade todos queriam chegar em casa secos e provavelmente bem. A cada rua que virava ouvia de longe os trovões e logo em seguida aquele arrepio em sua espinha. Odiava chuva. Ela nunca lhe trazia boas recordações. Os pingos começaram a cair e Demetria estava parada em frente a sua casa tentando achar a chave que combinava com a fechadura do portão. Odiava aquele portão, tinha acabado de trocar as fechaduras de sua casa e por isso não sabia qual era a chave de cada porta, isso irritava profundamente. Depois de longos minutos lutando contra a sua raiva e o portão, ela ganhará de nocaute daquele pedaço de madeira podre, pois o portão cedeu e caiu um pedaço do portão no chão e outro ficou pendurado.
As pessoas passavam pela frente da casa e a olhavam como se tivesse uma aberração naquele lugar, talvez eles estivessem certos. Aquela casa está caindo aos pedaços. A janela da sala estava com um tipo de cobertor pendurada, com a tentativa de deixar o local escuro, mas a tentativa era falha, como as outras ideais que já teve. Demetria jogou a bolsa em cima do sofá e ficou parada alguns instantes perdidas em seus pensamentos. Como foi parar neste fim de mundo? Como deixou a sua vida ir tão longe assim? Com seus 32 anos, mas a suas rugas lhe deixavam com um ar de 40. Os seus cabelos estavam caindo e com alguns fios brancos na raiz. Nos últimos 10 anos tinha envelhecido pelo menos 20 anos. Balançou a cabeça tentando afastar estes pensamentos inúteis, se lamentar não iria trazer o que ficou no passado novamente. A chuva aumentou e Demetria tentava colocar tudo que é tipo de pote no chão para a casa não ficar em baixo d'água. Tinha mais goteiras que telhado se duvidar. As portas começaram a bater, o que dava um certo medo, era um ataque, Ficou por uns 5 minutos a porta batendo e a escada rangendo até tudo se acalmar. 2:00 horas da manhã Demetria estava agarrado a sua bolsa no sofá velho.
- Respira ... - Sussurrou para si mesma, mas era em vão. O medo sempre tomava conta de seu corpo e da sua mente. Jurava que tinha visto alguém na escada, mas não tinha nada ali. Apenas uma mulher com medo da chuva. _ É apenas a chuva. _ Tentava se convencer disso.
Aos poucos a chuva se acalmava e Demetria tentava tornar aquele sofá confortável, mas acabou desistindo e acabou deitando de qualquer jeito naquele sofá.
O Sol estava aquecendo aquele sofá que em poucas horas parecia que estava pegando fogo. O que fez Demetria se levantar com uma dor na costa, o resultado de mais uma noite mal dormida. A cada passo que dava ao seu quarto, sentia uma vergonha. Foi mais uma noite de panico sem conseguir subir o terceiro degrau da escada, pois o medo não lhe deixava mover um músculo sequer.
As suas roupas da semana passada estava jogada no chão. E as suas fotos estavam espalhada por toda a cama. Eram lembranças que deveria estar queimadas no fogo do inferno, como dizia a sua vó. E estavam literalmente no fogo do inferno todas aquelas lembranças malditas. Olhou no relógio pendurado na parede de madeira, marcava 10:00 estava atrasada para o trabalho. Era segunda vez em 6 meses. Se arrumou o mais devagar que pode, não estava com vontade de encarar aquelas pessoas perfeitas. Queria apenas se esconder em baixo de sua cama e chorar pelo o resto de sua vida, mas nada é como queremos.
- Demetria você está mais do que atrasada. _ Disse Nicholas ao ver a mulher passando pela a porta. _ Aquelas crianças estão acabando com a sala. _ Crianças? Aquelas crianças tinha no minímo 15 anos.
- Está bem. _ Foi a única coisa que conseguiu falar e se direcionou até a sala. Aqueles adolescentes estavam entediados assistindo um filme qualquer para o trabalho de história. Tinha alunos dormindo no fundo da sala, alguns mexendo em celulares e outros desenhando na carteira. Era tanta coisa para a cabeça de Demetria que se sentou e começou a corrigir algumas provas. As notas eram horríveis, se surpreenderia se alguém dessa sala tornasse alguém na vida. Ela não os culpava, não era culpa deles estar em uma das piores escolas daquele lugar.
- Licença. _ Disse Nicholas entrando na sala. _ Preciso falar com você Professora. _ Nicholas é o diretor da escola e seu ex colega de classe. Estudaram anos juntos, e agora colegas de trabalho. Isso sim era o inferno. _ Tem um casal querendo falar com você. _ Respondeu Nicholas ao ver a feição de Demetria. Aquela conversa com os pais daquele aluno durou por 1 hora. Não aguentava mais. As aulas acabaram daquele dia e teve que voltar para aquela maldita casa. Estava guaruando, mas não ia cair a tempestade da noite passada. Demetria tentava tirar aqueles potes espalhados pela a casa, até sentir aquele arrepio. Tinha certeza que estava sendo vigiada por alguém. Era isso que mais destetava naquela casa. Era sentir a presença de mais uma pessoa ali.
Continua <3

Black Beauty

Detroit sempre foi um lugar frio, com as piores pessoas que pode imaginar. O sangue em suas mãos denunciava algo. Aqueles olhos brilhantes era como um apoio. Um apoio que foi tirado á força. Como dar a volta por cima? Se era do topo que mais temia, pois " Quanto mais a alto, maior o tombo". A "escuridão" parecia um belo lugar, mas se a "claridade" tentar invadir? Se não tiver mais espaço? Será que ela vai suportar?